Dor de dono.

 Será mesmo realista pedir às pessoas que trabalham em uma empresa que elas tenham “dor de dono” ainda que não possuam uma ação sequer?

 

Tem sido bastante comum o uso dessa expressão como forma de estabelecer a expectativa de empresas em relação a seus colaboradores. Quero crer que se trata mais de uma figura de linguagem, como no passado foi o “vestir a camisa” do que poderíamos depreender do seu entendimento literal.

 

O dono, ou acionista, detêm de fato direitos sobre o negócio, assim como o dever de responder pela pessoa jurídica, em todos os aspectos e suas responsabilidades.

 

O ativo e o seu valor a ele pertencem, em caso de venda a ele caberá o valor realizado, o mesmo se aplica a distribuição de lucros e dividendos.

 

Parece existir uma assimetria entre expectativa e a realidade, afinal dono é dono com seus ônus e bônus e colaborador é colaborador.

 

Acredito que uma proposta mais realista, e benéfica a todos, é a de instilar e promover o “espírito empreendedor” no que faz.

 

O espírito empreendedor é curioso, inquieto, quer crescer, evoluir, é interessado, desperta colaboração, é um realizador por natureza e motivado por gerar valor.

 

Não seriam essas qualidades que qualquer empresa desejaria nos seus times?

 

E a beleza da coisa é que o espírito empreendedor é um ativo do indivíduo, que enquanto parte de uma empresa agrega para o seu sucesso e prosperidade, mas pertence a cada profissional que o leva consigo como um bem de dono.

 

 

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O otimista inventou o avião, o pessimista o paraquedas.

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 A questão não é como o futuro será, mas quais marcas estarão lá.