Falar menos e escutar mais, ter mais perguntas e menos respostas.

 

Para um tipo de gente estabeleceu-se o consenso de que sabedoria está associada a ter opinião sobre tudo e respostas para todas as perguntas. 

Seja em uma reunião de trabalho, em uma apresentação ou mesmo em uma conversa de bar, a regra é a mesma: fale muito para dominar a atenção da audiência e estabelecer a sua importância frente ao grupo.

Para essas pessoas, assumir não saber a resposta para algo gera desconforto é como se  fosse uma confissão  de incompetência. 

No mundo corporativo podemos identificar o perfil como os opinadores e os respondedores profissionais.

Quem já não teve a experiência de ser apresentado a alguém que no primeiro contato desanda a falar compulsivamente, declamando conceitos prontos, frases de efeito e usando termos da moda? Quanto verbo e ao mesmo tempo quanto vazio.

Para aqueles que querem empreender, para os que querem conquistar a confiança de outros, para quem está no seu início ou tem quilômetros rodados, a  verdadeira demonstração de sabedoria não está no falar muito ou responder a tudo, muito pelo contrário.

O gestor que agrega, a liderança genuína, é gente de poucas palavras,  econômicos no texto, zelosos nas suas respostas. Os profissionais mais bem sucedidos e por mais tempo são aqueles que aprenderam a ouvir muito, filtrar o que importa, absorver o  que realmente faz diferença  e desconsiderar o irrelevante.

Estamos no negócio de perguntar e depois de ouvir as respostas perguntar novamente e ouvir , em um processo continuo de fertilização de ideias e promoção da inteligência coletiva.

Com a prática vamos inclusive identificando as fontes mais promissoras e a fazer as perguntas que geram as respostas que mais criam valor.

Saber escutar mais do que falar e fazer as perguntas certas é seguramente a forma mais eficaz para um ambiente estimulante e de conhecimento útil.

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