Ninguém tropeça em montanhas.
Entre as lideranças, gestores, é comum que se procure identificar os grandes
desafios e oportunidades que possam impactar de forma transformacional
no sucesso do negócio.
É natural que seja assim, o tempo é escasso, o custo do top management é alto
e, portanto, deve ser dedicado a questões macro, aquelas que influenciarão o futuro
da empresa.
A questão é que, em favor do pensar o grande, o micro acaba por ser perigosamente
negligenciado, e gradativamente de forma silenciosa, instala-se o modo complacência. Pequenos vícios e ineficiências são aceitos, como algo que não deve desviar a atenção da gestão. É mesmo comum linhas de pensamento que condenam culturas que se atêm aos detalhes da operação.
No entanto, na sua somatória, esses pequenos vícios e ineficiências vão aos poucos comprometendo, minando, a capacidade da empresa de executar o seu plano e atingir os seus objetivos macro.
Conta-se que em 1485 Ricardo III então rei da Inglaterra se vê confrontado frente a uma guerra promovida por Henrique Conde de Richmond, seu desafiante a coroa.
O ajudante ao buscar o cavalo do rei é informado pelo ferreiro que os pregos
para fixar uma das ferraduras não eram suficientes, mas o ajudante considerou ser mais importante a batalha do que um simples prego.
Durante o combate o cavalo de Ricardo III perde uma de suas ferraduras, tombando,
o rei sem a sua montaria vulnerável no solo é então por fim morto. Shakespeare posteriormente em sua peça teatral sobre Ricardo III seria o autor da famosa frase “Meu reino por um cavalo”
Por falta de um prego, perdeu-se uma ferradura.
Por falta de uma ferradura, perdeu-se um cavalo.
Por falta de um cavalo, perdeu-se uma batalha.
Por falta de uma batalha, perdeu-se um reino.
E tudo isso por falta de um prego na ferradura.
Nas batalhas ou na condução dos negócios todo detalhe é importante.